Como a economia circular pode transformar os negócios

April 16, 2025

Soluções sustentáveis estão deixando de ser tendência para se tornarem estratégia. Empresas que querem se manter competitivas já entenderam que investir em inovação e sustentabilidade é parte essencial do crescimento. Com mudanças climáticas e escassez de recursos batendo à porta, o momento de repensar os modelos produtivos é agora.


É nesse contexto que a economia circular ganha força. Ao contrário do modelo tradicional, baseado em produzir, consumir e descartar, a lógica circular aposta na reutilização de materiais, no reaproveitamento de resíduos e em processos regenerativos. A ideia é fazer mais com menos, gerando valor enquanto se reduz o impacto ambiental.


Essa mudança de visão já impacta diversos setores. Indústrias, comércios e até o setor de serviços estão buscando formas de incorporar práticas mais sustentáveis ao dia a dia. Além dos benefícios ambientais, isso representa uma oportunidade de inovação, economia de recursos, fortalecimento da imagem institucional e até acesso a novos mercados.


E junto com essa transformação, surgem também novas profissões. Consultores de sustentabilidade, especialistas em reciclagem, ecodesigners, gestores de cadeias sustentáveis e profissionais de energias renováveis estão cada vez mais presentes nas empresas. Eles ajudam a redesenhar processos, reduzir desperdícios, reaproveitar materiais e pensar produtos desde a origem, com foco no ciclo de vida completo.



Conectando inovação, impacto e parcerias estratégicas

Na prática, avançar rumo à economia circular exige não apenas boas ideias, mas também colaboração entre empresas, instituições e sociedade civil. É por isso que iniciativas que promovem o diálogo e a troca de soluções sustentáveis ganham cada vez mais importância.


A Climatech, em parceria com a Katalisar e a WiseMetrics, vem atuando de forma ativa para impulsionar a transição justa no Brasil, conectando tecnologia, dados e impacto social. Uma das frentes mais relevantes dessa atuação é o apoio ao fortalecimento de ecossistemas circulares que considerem inclusão, geração de renda e mitigação climática como partes da mesma equação.


Esse debate será ampliado no webinar “Economia Circular e Mudanças Climáticas no Contexto da Transição Justa”, organizado pelo Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. O evento, que acontece no dia 24 de abril como atividade paralela ao World Circular Economy Forum, reúne organizações como ICLEI, Fundação AVINA, ABIHPEC, Instituto Mais Energia, Pimp My Carroça, além de representantes dos catadores.


A conversa propõe uma visão integrada: é possível transformar resíduos em oportunidade, inovar com responsabilidade e garantir trabalho decente enquanto avançamos na luta contra as mudanças climáticas.


Se sua empresa quer fazer parte dessa mudança, o caminho começa com o conhecimento e a conexão com os agentes que já estão fazendo a diferença.

April 30, 2025
Nos últimos anos, a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) se tornou presença constante em reuniões de conselhos, relatórios empresariais e estratégias de mercado. Se antes a sustentabilidade era vista como um "custo extra", hoje ela é cada vez mais encarada como uma exigência do mercado e, mais do que isso, uma oportunidade real de geração de valor. Entre os três pilares do ESG, o "E", de ambiental (environmental), tem ganhado destaque, especialmente diante da emergência climática, da pressão regulatória internacional e da mudança no comportamento de consumidores e investidores. A boa notícia é que as empresas que priorizam ações ambientais consistentes não apenas se adequam às novas regras, mas conquistam vantagens competitivas relevantes. Pressão crescente: ESG ambiental como requisito de mercado Diversos fatores vêm colocando o pilar ambiental no centro do debate corporativo. A intensificação das mudanças climáticas, as metas de descarbonização dos países, os compromissos firmados em fóruns internacionais como a COP (Conferência das Partes da ONU), e a pressão de consumidores e investidores estão exigindo ações concretas por parte das empresas. Na União Europeia, por exemplo, novas regulamentações estão apertando o cerco contra o chamado greenwashing , quando empresas promovem seus produtos como "verdes" sem comprovar ações sustentáveis reais. Uma das medidas foi a mudança de nomes de 335 fundos sustentáveis somente no primeiro trimestre de 2025, após exigências para maior transparência ambiental. Essa nova realidade significa que as empresas que não se adaptarem correm o risco de perder espaço em cadeias de suprimento globais, enfrentar barreiras comerciais ou ver seu acesso a crédito comprometido. O ESG ambiental deixou de ser voluntário; tornou-se parte da licença para operar. Sustentabilidade que reduz custos Um dos principais mitos em torno da sustentabilidade ambiental é que ela representa um gasto sem retorno. Na prática, o que se observa é o contrário: ações ambientais inteligentes promovem eficiência operacional e reduzem custos. A adoção de fontes de energia limpa, por exemplo, tem se mostrado altamente vantajosa. É o caso da Tap Eletro Sistemas, empresa mineira que, com apoio da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), implementou um plano ESG com foco na energia solar. O resultado foi uma redução significativa nos gastos com energia elétrica, com retorno financeiro direto e rápido. Além da economia energética, outras práticas como reaproveitamento de água, logística reversa, redução de resíduos e digitalização de processos também contribuem para o uso mais eficiente de recursos, ajudando o meio ambiente e o caixa da empresa ao mesmo tempo. Valorização de marca e conquista de novos mercados Outro benefício cada vez mais claro de práticas ambientais bem estruturadas é a valorização da marca e o acesso a novos nichos de mercado. Empresas comprometidas com metas ambientais, como Natura, Itaú Unibanco, Ambev, Grupo Boticário, Banco do Brasil entre outras, se beneficiam com imagens positivas com consumidores, investidores e parceiros de negócios. Na indústria, essa valorização se expressa em certificações, como os selos ​​Procel, FSC e o Índice de Carbono Eficiente (ICO2 B3) para reconhecer empresas com maturidade ESG. Além disso, em licitações, contratos com multinacionais ou entrada em cadeias produtivas mais exigentes, comprovar práticas ambientais é um diferencial competitivo real. Investidores institucionais, especialmente na Europa, têm adotado critérios ambientais rigorosos para decidir onde aplicar recursos. Mesmo em um cenário de recuo recente em fundos ESG nos EUA e Europa, o aspecto ambiental continua sendo um pilar decisivo de avaliação de risco de longo prazo. Inovação orientada pela sustentabilidade A busca por soluções ambientais também têm impulsionado a inovação empresarial. Iniciativas como a descarbonização industrial, o ecodesign (design de produtos com menor impacto ambiental) e a economia circular (em que resíduos se tornam insumos) são bons exemplos de como o “E” do ESG pode abrir caminho para novos modelos de negócio. Essas ações, aliadas a melhorias sociais e de governança, resultaram em maior engajamento dos colaboradores, redução de riscos e melhoria na imagem institucional da empresa, com impactos claros em competitividade e produtividade. Esses exemplos provam que práticas ambientais não são apenas simbólicas: elas transformam a cultura organizacional e trazem resultados mensuráveis. Começar é urgente, e possível Mesmo que sua empresa ainda não tenha uma estratégia ESG definida, na Climatech, é possível iniciar o processo com passos concretos. Veja algumas ações viáveis: Fazer um diagnóstico ambiental inicial para entender o ponto de partida. Medir suas emissões de carbono (inventário de emissões). Buscar eficiência energética e hídrica . Implantar gestão de resíduos e logística reversa . Aderir a programas de consultoria especializados , como os da FIEMG, com suporte contínuo por até 12 meses. Essas ações colocam as empresas em um novo patamar de responsabilidade e competitividade. O pilar ambiental do ESG já não é mais opcional, ele é parte estratégica do sucesso das empresas na nova economia. Em um mundo que exige respostas urgentes às mudanças climáticas e maior responsabilidade com os recursos naturais, o "E" representa mais que um compromisso: é uma oportunidade de se destacar. Empresas que atuam de forma proativa na agenda ambiental não apenas protegem o planeta, elas ganham reputação, eficiência, novos mercados e futuro. Começar agora é garantir espaço na indústria de amanhã.
April 1, 2025
O inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) é um processo essencial para empresas e organizações que desejam monitorar, relatar e reduzir seu impacto ambiental. Esse levantamento detalha as emissões diretas e indiretas de GEE provenientes das operações de uma organização, sendo fundamental para o cumprimento de regulamentações ambientais, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a promoção da sustentabilidade corporativa. A ausência de um inventário adequado pode resultar em problemas legais para as empresas, pois diversos países e mercados internacionais exigem transparência quanto às emissões de carbono. No Brasil, por exemplo, há regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas, e não estar em conformidade pode levar a penalizações financeiras, restrições em licitações públicas e até mesmo impactos negativos na reputação da empresa. Além disso, organizações que não monitoram suas emissões correm o risco de perder oportunidades em mercados que valorizam práticas sustentáveis, como aqueles que exigem certificações ambientais para a realização de negócios. A realização do inventário de emissões traz benefícios não apenas para as empresas, mas também para o mundo como um todo. Monitorar e reduzir as emissões contribui para o combate às mudanças climáticas, um dos maiores desafios globais da atualidade. Além disso, possibilita que empresas identifiquem oportunidades para otimizar processos, reduzir desperdícios e, consequentemente, diminuir custos operacionais. Também facilita a adesão a programas de sustentabilidade, como o GHG Protocol e a ISO 14064, permitindo acesso a créditos de carbono e a incentivos financeiros voltados para práticas sustentáveis. Impacto da emissão de gases do efeito estufa Os principais gases de efeito estufa incluem o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). O CO2 é o maior responsável pelo aquecimento global, pois representa a maior parte das emissões e pode permanecer na atmosfera por pelo menos 100 anos. Já o metano tem um potencial de aquecimento 28 vezes maior que o do CO2, enquanto o óxido nitroso é 265 vezes mais potente em termos de retenção de calor na atmosfera. Essas emissões, provenientes principalmente da queima de combustíveis fósseis, atividades agropecuárias e desmatamento, estão diretamente ligadas ao aumento da temperatura global e aos eventos climáticos extremos. O Brasil é atualmente o sexto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo, com 2,3 bilhões de toneladas brutas emitidas em 2022. Um fator crítico para as emissões do país é o desmatamento e a mudança no uso da terra, que representam uma grande parcela do total. Globalmente, os 10 maiores emissores de CO2 são responsáveis por 76% das emissões, sendo a China o maior emissor, seguida pelos Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão. Enquanto a Ásia Oriental lidera as emissões totais, a América do Norte tem a maior taxa per capita. Desde 1850, os países da Europa e da América do Norte acumularam as maiores emissões históricas, refletindo o impacto prolongado da industrialização nessas regiões. Diante desse cenário, iniciativas públicas e privadas como a do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e a Katalisar mostram a importância da elaboração de inventários de emissões para a implementação de planos de descarbonização, e a implementação da agenda ESG pelo país. O TRE-MT realiza periodicamente esse levantamento e, com base nos dados coletados, traça estratégias para compensação de carbono. Enquanto a Katalisar, desenvolve a economia circular inclusiva como um modelo essencial para minimizar desperdícios e integrar comunidades no processo produtivo. Essas ações fazem parte de um esforço coletivo para atingir metas climáticas globais e reduzir os impactos ambientais das operações públicas e privadas. Qual o papel da Climatech? A Climatech se posiciona como uma aliada estratégica na gestão de emissões, oferecendo soluções que vão além do simples cumprimento de normas. Ao conectar tecnologia, inovação e conscientização, a empresa transforma desafios ambientais em oportunidades reais de crescimento sustentável. A realização do inventário de emissões é apenas o primeiro passo de um processo maior, no qual a Climatech auxilia empresas e instituições a reduzirem seu impacto ambiental, adotando práticas mais responsáveis e alinhadas às exigências globais.  Com serviços especializados, como: Relatório de Sustentabilidade Compliance Plano de Redução Compensação de Emissões de Carbono Gestão e Rastreabilidade de Resíduos Diagnósticos de Cadeias de Valor Desenvolvimento de Cadeias Circulares Estratégias de Posicionamento de Marca com foco em impacto Com as mudanças climáticas se tornando um problema cada vez mais urgente, a adoção de medidas como o inventário de emissões e a compensação de carbono são passos essenciais. E com um olhar voltado para o futuro, a Climatech viabiliza a transição para uma economia de baixo carbono, garantindo competitividade, compromisso ambiental para seus parceiros e fortalecendo sua imagem no mercado.
March 26, 2025
Nos últimos anos, a sigla ESG tem ganhado destaque no mundo corporativo e financeiro. Mas o que exatamente significa ESG e por que ele se tornou tão relevante? ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance (Meio Ambiente, Social e Governança) e representa um conjunto de princípios que avaliam a sustentabilidade e o impacto social de empresas e investimentos. O conceito de ESG surgiu no mercado financeiro em 2004, dentro do Principles for Responsible Investment (PRI), uma iniciativa ligada à ONU. O objetivo era convencer investidores de que a incorporação de fatores socioambientais nas decisões financeiras não era apenas uma questão ética, mas uma estratégia essencial para a gestão de riscos e a sustentabilidade dos negócios no longo prazo. Os Três Pilares do ESG Meio Ambiente (E - Environmental): Refere-se à responsabilidade ambiental das empresas, incluindo a redução da pegada de carbono, a gestão eficiente de recursos naturais e o compromisso com metas sustentáveis. Diante das mudanças climáticas, companhias que adotam práticas sustentáveis estão mais preparadas para desafios futuros e regulações ambientais cada vez mais rigorosas. Social (S - Social): Esse pilar trata do impacto das empresas na sociedade, abrangendo aspectos como condições de trabalho, diversidade e inclusão, direitos humanos e relação com fornecedores e comunidades. O compromisso social das corporações é cada vez mais valorizado por consumidores e investidores. Governança (G - Governance): Envolve as práticas de gestão e transparência das empresas, incluindo ética corporativa, compliance, composição do conselho administrativo e proteção dos direitos dos acionistas. Uma governança sólida garante que a empresa esteja bem estruturada para crescer de maneira sustentável. ESG e o Capitalismo No passado, o principal foco das empresas era o lucro para os acionistas, seguindo a visão clássica do economista Milton Friedman. Hoje, no entanto, vemos a ascensão do capitalismo de stakeholder , que defende a geração de valor não apenas para os investidores, mas também para funcionários, fornecedores, clientes e comunidades. Líderes globais, como Larry Fink, CEO da BlackRock, enfatizam que empresas que priorizam os princípios ESG são mais resilientes e bem-sucedidas no longo prazo. Além disso, consumidores estão mais atentos às práticas corporativas, e investidores preferem alocar recursos em negócios comprometidos com a sustentabilidade. ESG no Mundo: Avanços e Retrocessos Nos últimos anos, o ESG ( Environmental, Social and Governance ) tem se consolidado como um fator essencial na estratégia de grandes empresas globais. No entanto, o cenário político e econômico tem influenciado diretamente o ritmo desse progresso, trazendo desafios significativos para a agenda de sustentabilidade. A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem impactado diretamente o compromisso das corporações com a diversidade, equidade e inclusão (DEI), além de afetar políticas ambientais. Grandes empresas como Meta, Walmart e Ford reduziram investimentos nessas frentes, refletindo a influência governamental nas decisões corporativas. Essa tendência de recuo também foi observada na Breakthrough Energy, organização climática financiada por Bill Gates, que recentemente demitiu dezenas de funcionários na Europa e nos EUA. Ainda que Gates mantenha seu compromisso com inovações em energia limpa, a decisão sinaliza um desaquecimento dos investimentos no setor. O Brasil na Vanguarda da Sustentabilidade Enquanto algumas economias globais enfrentam um retrocesso na agenda ESG, o Brasil tem se destacado pela manutenção e avanço de políticas sustentáveis. Empresas, instituições e investidores estão cada vez mais engajados na busca por soluções que equilibram crescimento econômico e responsabilidade socioambiental. Um exemplo disso é a iniciativa do Instituto C&A, que destinou R$ 8,16 milhões para promover inclusão social e produtiva no setor da moda, beneficiando mais de 26 mil pessoas em todo o país. Essa ação reforça a importância da diversidade, empregabilidade e sustentabilidade na indústria têxtil. O compromisso do Brasil com a agenda ESG abre portas para investimentos sustentáveis e cria um ambiente favorável para empresas que adotam boas práticas ambientais e sociais. O setor privado tem um papel essencial na continuidade desse movimento, garantindo que a sustentabilidade seja um pilar estratégico no desenvolvimento econômico do país. O Papel dos Consumidores e Investidores e o Futuro do ESG Para além da vanguarda do Brasil e dos desafios políticos enfrentados na ESG, a pressão das novas gerações e de consumidores conscientes segue sendo um fator decisivo para a manutenção da agenda ESG. Investidores também estão cada vez mais atentos às práticas sustentáveis das empresas, pois reconhecem que a gestão de riscos ambientais e sociais está diretamente ligada à resiliência e ao sucesso no longo prazo. Sendo assim, é possível afirmar que a agenda ESG continuará crescendo, impulsionada pela urgência da crise climática, pela evolução da legislação ambiental e social e pelo aumento da pressão de consumidores e investidores. Empresas que se antecipam a essas mudanças tendem a se destacar, enquanto aquelas que ignoram o ESG correm o risco de perder relevância no mercado. Adotar os princípios ESG não é mais uma opção, mas uma necessidade para garantir a perenidade dos negócios e contribuir para um mundo mais justo e equilibrado. Se sua empresa ainda não está atenta ao ESG, agora é o momento de começar!