O Futuro da Energia: Inovação e Sustentabilidade

March 11, 2025

A urgência por um mundo mais sustentável é inegável, mas o caminho para chegar lá nem sempre é tão claro. É por isso que relatórios como o 10 Energy Megatrends, produzido pela Energy Summit, são tão valiosos. Essa iniciativa busca dar um direcionamento estratégico para a transição energética. O Energy Summit é um evento global que reúne especialistas do mundo todo e tem parceria com o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que desenvolveu um estudo sobre o futuro da energia com base no método do Cone de Futuros.

A pesquisa analisa como diferentes setores podem impulsionar essas tendências e propõe ações estratégicas para os próximos 12 meses. Com uma abordagem que cruza cenários prováveis e desejáveis, o estudo busca orientar decisões e acelerar a adoção de soluções sustentáveis.


O relatório mapeia 10 grandes tendências da transição energética e aponta quando cada uma deve atingir sua maturidade. Para isso, utiliza o conceito do Cone de Futuros, criado por Norman Henchey e Joseph Voros, que ajuda a visualizar possibilidades, riscos e oportunidades em diferentes horizontes de tempo — curto, médio, longo e muito longo prazo. Ele também diferencia os Futuros Prováveis (baseados em dados e projeções) dos Futuros Preferíveis (alinhados a metas estratégicas e valores).


Stakeholders

O estudo divide os principais atores da transição energética em cinco grupos: governos, corporações, academia, investidores e startups. Cada um tem sua parcela de responsabilidade e influência no avanço dessas tendências.


Governos

Os governos têm um papel essencial na criação de políticas que incentivem tecnologias limpas. Entre as principais frentes de atuação estão a captura de carbono, o hidrogênio verde, os pequenos reatores modulares (SMRs) e o combustível sustentável de aviação (SAF). Para acelerar essas soluções, é fundamental oferecer incentivos fiscais, criar regulações favoráveis e definir metas obrigatórias de redução de emissões nos setores industrial e de transporte. Essas medidas são essenciais para tornar a transição energética mais ágil e eficiente.


Corporações

As empresas são grandes impulsionadoras da inovação e da adoção de práticas sustentáveis. Investir em projetos de captura de carbono e hidrogênio verde, além de integrar IA e IoT para otimizar o consumo energético, são passos fundamentais. Além disso, ao formar parcerias com startups e explorar novos modelos de negócios, como plataformas P2P de energia, as corporações podem se destacar em um mercado cada vez mais descentralizado e focado em soluções limpas.


Academia

As universidades e centros de pesquisa têm um papel estratégico no desenvolvimento de novas tecnologias. Avanços em baterias de estado sólido, fusão nuclear e materiais inovadores para energias renováveis são fundamentais para tornar essas soluções mais acessíveis e viáveis. Parcerias com empresas e instituições internacionais também podem acelerar a implementação dessas inovações. Além disso, pesquisas voltadas para combustíveis sustentáveis, como SAF e hidrogênio verde, ajudam a reduzir custos e tornar essas alternativas mais competitivas globalmente.


Investidores

Os investidores são essenciais para tirar essas inovações do papel. Direcionar capital para startups especializadas em energytech e deeptech — focadas em captura de carbono, hidrogênio verde e armazenamento de energia — é um dos caminhos mais eficazes para impulsionar essa revolução. Além disso, a criação de fundos dedicados à inovação energética facilita a escalabilidade dessas soluções, tornando a transição para um modelo mais sustentável financeiramente viável e atrativo a longo prazo.


Startups

As startups são grandes agentes de transformação no setor energético, trazendo inovações que tornam as soluções sustentáveis mais acessíveis e eficientes. Tecnologias baseadas em IA e IoT ajudam a otimizar o consumo e evitar desperdícios, enquanto novos modelos de negócio, como plataformas descentralizadas e blockchain, ampliam o acesso à energia renovável. Além disso, o avanço no armazenamento de energia garante mais estabilidade para fontes renováveis intermitentes, fortalecendo a transição para um sistema energético mais limpo e eficiente.



Com o avanço das mudanças climáticas, a necessidade de agir rapidamente nunca foi tão crítica, sendo fundamental que investidores, governos e grandes corporações apoiem e financiem iniciativas da transição energética. E a Climatech, assume seu papel nesse objetivo, com foco em inovação, ajudando a descentralizar e democratizar o setor. O tempo para mudanças graduais já passou—agora, é preciso agir com velocidade e impacto para garantir um futuro energético mais limpo e eficiente.

April 30, 2025
Nos últimos anos, a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) se tornou presença constante em reuniões de conselhos, relatórios empresariais e estratégias de mercado. Se antes a sustentabilidade era vista como um "custo extra", hoje ela é cada vez mais encarada como uma exigência do mercado e, mais do que isso, uma oportunidade real de geração de valor. Entre os três pilares do ESG, o "E", de ambiental (environmental), tem ganhado destaque, especialmente diante da emergência climática, da pressão regulatória internacional e da mudança no comportamento de consumidores e investidores. A boa notícia é que as empresas que priorizam ações ambientais consistentes não apenas se adequam às novas regras, mas conquistam vantagens competitivas relevantes. Pressão crescente: ESG ambiental como requisito de mercado Diversos fatores vêm colocando o pilar ambiental no centro do debate corporativo. A intensificação das mudanças climáticas, as metas de descarbonização dos países, os compromissos firmados em fóruns internacionais como a COP (Conferência das Partes da ONU), e a pressão de consumidores e investidores estão exigindo ações concretas por parte das empresas. Na União Europeia, por exemplo, novas regulamentações estão apertando o cerco contra o chamado greenwashing , quando empresas promovem seus produtos como "verdes" sem comprovar ações sustentáveis reais. Uma das medidas foi a mudança de nomes de 335 fundos sustentáveis somente no primeiro trimestre de 2025, após exigências para maior transparência ambiental. Essa nova realidade significa que as empresas que não se adaptarem correm o risco de perder espaço em cadeias de suprimento globais, enfrentar barreiras comerciais ou ver seu acesso a crédito comprometido. O ESG ambiental deixou de ser voluntário; tornou-se parte da licença para operar. Sustentabilidade que reduz custos Um dos principais mitos em torno da sustentabilidade ambiental é que ela representa um gasto sem retorno. Na prática, o que se observa é o contrário: ações ambientais inteligentes promovem eficiência operacional e reduzem custos. A adoção de fontes de energia limpa, por exemplo, tem se mostrado altamente vantajosa. É o caso da Tap Eletro Sistemas, empresa mineira que, com apoio da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), implementou um plano ESG com foco na energia solar. O resultado foi uma redução significativa nos gastos com energia elétrica, com retorno financeiro direto e rápido. Além da economia energética, outras práticas como reaproveitamento de água, logística reversa, redução de resíduos e digitalização de processos também contribuem para o uso mais eficiente de recursos, ajudando o meio ambiente e o caixa da empresa ao mesmo tempo. Valorização de marca e conquista de novos mercados Outro benefício cada vez mais claro de práticas ambientais bem estruturadas é a valorização da marca e o acesso a novos nichos de mercado. Empresas comprometidas com metas ambientais, como Natura, Itaú Unibanco, Ambev, Grupo Boticário, Banco do Brasil entre outras, se beneficiam com imagens positivas com consumidores, investidores e parceiros de negócios. Na indústria, essa valorização se expressa em certificações, como os selos ​​Procel, FSC e o Índice de Carbono Eficiente (ICO2 B3) para reconhecer empresas com maturidade ESG. Além disso, em licitações, contratos com multinacionais ou entrada em cadeias produtivas mais exigentes, comprovar práticas ambientais é um diferencial competitivo real. Investidores institucionais, especialmente na Europa, têm adotado critérios ambientais rigorosos para decidir onde aplicar recursos. Mesmo em um cenário de recuo recente em fundos ESG nos EUA e Europa, o aspecto ambiental continua sendo um pilar decisivo de avaliação de risco de longo prazo. Inovação orientada pela sustentabilidade A busca por soluções ambientais também têm impulsionado a inovação empresarial. Iniciativas como a descarbonização industrial, o ecodesign (design de produtos com menor impacto ambiental) e a economia circular (em que resíduos se tornam insumos) são bons exemplos de como o “E” do ESG pode abrir caminho para novos modelos de negócio. Essas ações, aliadas a melhorias sociais e de governança, resultaram em maior engajamento dos colaboradores, redução de riscos e melhoria na imagem institucional da empresa, com impactos claros em competitividade e produtividade. Esses exemplos provam que práticas ambientais não são apenas simbólicas: elas transformam a cultura organizacional e trazem resultados mensuráveis. Começar é urgente, e possível Mesmo que sua empresa ainda não tenha uma estratégia ESG definida, na Climatech, é possível iniciar o processo com passos concretos. Veja algumas ações viáveis: Fazer um diagnóstico ambiental inicial para entender o ponto de partida. Medir suas emissões de carbono (inventário de emissões). Buscar eficiência energética e hídrica . Implantar gestão de resíduos e logística reversa . Aderir a programas de consultoria especializados , como os da FIEMG, com suporte contínuo por até 12 meses. Essas ações colocam as empresas em um novo patamar de responsabilidade e competitividade. O pilar ambiental do ESG já não é mais opcional, ele é parte estratégica do sucesso das empresas na nova economia. Em um mundo que exige respostas urgentes às mudanças climáticas e maior responsabilidade com os recursos naturais, o "E" representa mais que um compromisso: é uma oportunidade de se destacar. Empresas que atuam de forma proativa na agenda ambiental não apenas protegem o planeta, elas ganham reputação, eficiência, novos mercados e futuro. Começar agora é garantir espaço na indústria de amanhã.
April 16, 2025
Soluções sustentáveis estão deixando de ser tendência para se tornarem estratégia. Empresas que querem se manter competitivas já entenderam que investir em inovação e sustentabilidade é parte essencial do crescimento. Com mudanças climáticas e escassez de recursos batendo à porta, o momento de repensar os modelos produtivos é agora. É nesse contexto que a economia circular ganha força. Ao contrário do modelo tradicional, baseado em produzir, consumir e descartar, a lógica circular aposta na reutilização de materiais, no reaproveitamento de resíduos e em processos regenerativos. A ideia é fazer mais com menos, gerando valor enquanto se reduz o impacto ambiental. Essa mudança de visão já impacta diversos setores. Indústrias, comércios e até o setor de serviços estão buscando formas de incorporar práticas mais sustentáveis ao dia a dia. Além dos benefícios ambientais, isso representa uma oportunidade de inovação, economia de recursos, fortalecimento da imagem institucional e até acesso a novos mercados. E junto com essa transformação, surgem também novas profissões. Consultores de sustentabilidade, especialistas em reciclagem, ecodesigners, gestores de cadeias sustentáveis e profissionais de energias renováveis estão cada vez mais presentes nas empresas. Eles ajudam a redesenhar processos, reduzir desperdícios, reaproveitar materiais e pensar produtos desde a origem, com foco no ciclo de vida completo. Conectando inovação, impacto e parcerias estratégicas Na prática, avançar rumo à economia circular exige não apenas boas ideias, mas também colaboração entre empresas, instituições e sociedade civil. É por isso que iniciativas que promovem o diálogo e a troca de soluções sustentáveis ganham cada vez mais importância. A Climatech, em parceria com a Katalisar e a WiseMetrics , vem atuando de forma ativa para impulsionar a transição justa no Brasil, conectando tecnologia, dados e impacto social. Uma das frentes mais relevantes dessa atuação é o apoio ao fortalecimento de ecossistemas circulares que considerem inclusão, geração de renda e mitigação climática como partes da mesma equação. Esse debate será ampliado no webinar “ Economia Circular e Mudanças Climáticas no Contexto da Transição Justa ”, organizado pelo Fórum Brasileiro de Mudança do Clima. O evento, que acontece no dia 24 de abril como atividade paralela ao World Circular Economy Forum, reúne organizações como ICLEI, Fundação AVINA, ABIHPEC, Instituto Mais Energia, Pimp My Carroça, além de representantes dos catadores. A conversa propõe uma visão integrada: é possível transformar resíduos em oportunidade, inovar com responsabilidade e garantir trabalho decente enquanto avançamos na luta contra as mudanças climáticas. Se sua empresa quer fazer parte dessa mudança, o caminho começa com o conhecimento e a conexão com os agentes que já estão fazendo a diferença.
April 1, 2025
O inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) é um processo essencial para empresas e organizações que desejam monitorar, relatar e reduzir seu impacto ambiental. Esse levantamento detalha as emissões diretas e indiretas de GEE provenientes das operações de uma organização, sendo fundamental para o cumprimento de regulamentações ambientais, a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a promoção da sustentabilidade corporativa. A ausência de um inventário adequado pode resultar em problemas legais para as empresas, pois diversos países e mercados internacionais exigem transparência quanto às emissões de carbono. No Brasil, por exemplo, há regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas, e não estar em conformidade pode levar a penalizações financeiras, restrições em licitações públicas e até mesmo impactos negativos na reputação da empresa. Além disso, organizações que não monitoram suas emissões correm o risco de perder oportunidades em mercados que valorizam práticas sustentáveis, como aqueles que exigem certificações ambientais para a realização de negócios. A realização do inventário de emissões traz benefícios não apenas para as empresas, mas também para o mundo como um todo. Monitorar e reduzir as emissões contribui para o combate às mudanças climáticas, um dos maiores desafios globais da atualidade. Além disso, possibilita que empresas identifiquem oportunidades para otimizar processos, reduzir desperdícios e, consequentemente, diminuir custos operacionais. Também facilita a adesão a programas de sustentabilidade, como o GHG Protocol e a ISO 14064, permitindo acesso a créditos de carbono e a incentivos financeiros voltados para práticas sustentáveis. Impacto da emissão de gases do efeito estufa Os principais gases de efeito estufa incluem o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). O CO2 é o maior responsável pelo aquecimento global, pois representa a maior parte das emissões e pode permanecer na atmosfera por pelo menos 100 anos. Já o metano tem um potencial de aquecimento 28 vezes maior que o do CO2, enquanto o óxido nitroso é 265 vezes mais potente em termos de retenção de calor na atmosfera. Essas emissões, provenientes principalmente da queima de combustíveis fósseis, atividades agropecuárias e desmatamento, estão diretamente ligadas ao aumento da temperatura global e aos eventos climáticos extremos. O Brasil é atualmente o sexto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo, com 2,3 bilhões de toneladas brutas emitidas em 2022. Um fator crítico para as emissões do país é o desmatamento e a mudança no uso da terra, que representam uma grande parcela do total. Globalmente, os 10 maiores emissores de CO2 são responsáveis por 76% das emissões, sendo a China o maior emissor, seguida pelos Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão. Enquanto a Ásia Oriental lidera as emissões totais, a América do Norte tem a maior taxa per capita. Desde 1850, os países da Europa e da América do Norte acumularam as maiores emissões históricas, refletindo o impacto prolongado da industrialização nessas regiões. Diante desse cenário, iniciativas públicas e privadas como a do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e a Katalisar mostram a importância da elaboração de inventários de emissões para a implementação de planos de descarbonização, e a implementação da agenda ESG pelo país. O TRE-MT realiza periodicamente esse levantamento e, com base nos dados coletados, traça estratégias para compensação de carbono. Enquanto a Katalisar, desenvolve a economia circular inclusiva como um modelo essencial para minimizar desperdícios e integrar comunidades no processo produtivo. Essas ações fazem parte de um esforço coletivo para atingir metas climáticas globais e reduzir os impactos ambientais das operações públicas e privadas. Qual o papel da Climatech? A Climatech se posiciona como uma aliada estratégica na gestão de emissões, oferecendo soluções que vão além do simples cumprimento de normas. Ao conectar tecnologia, inovação e conscientização, a empresa transforma desafios ambientais em oportunidades reais de crescimento sustentável. A realização do inventário de emissões é apenas o primeiro passo de um processo maior, no qual a Climatech auxilia empresas e instituições a reduzirem seu impacto ambiental, adotando práticas mais responsáveis e alinhadas às exigências globais.  Com serviços especializados, como: Relatório de Sustentabilidade Compliance Plano de Redução Compensação de Emissões de Carbono Gestão e Rastreabilidade de Resíduos Diagnósticos de Cadeias de Valor Desenvolvimento de Cadeias Circulares Estratégias de Posicionamento de Marca com foco em impacto Com as mudanças climáticas se tornando um problema cada vez mais urgente, a adoção de medidas como o inventário de emissões e a compensação de carbono são passos essenciais. E com um olhar voltado para o futuro, a Climatech viabiliza a transição para uma economia de baixo carbono, garantindo competitividade, compromisso ambiental para seus parceiros e fortalecendo sua imagem no mercado.